segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mercado aposta em telhas solares capazes de substituir painéis fotovoltaicos

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rejeição de algumas pessoas aos modelos espaçosos e pesados dos painéis fotovoltaicos (que convertem a energia do sol em eletricidade) fez com que duas empresas italianas desenvolvessem a Tegola Solare, uma telha dotada de componentes mais leves e capazes de incorporar a tecnologia solar aos materiais convencionais.
Produzida com o objetivo de gerar mais ganhos de eficiência e estética, a Tegola Solare é uma telha cerâmica normal à qual foram incorporadas quatro células fotovoltaicas.
O mercado da arquitetura sustentável esta em franca expansão, sempre com o aparecimento de novas tecnologias.Uma dessas novidades são as telhas solares que vem conquistando o público no quesito estética. Cada vez mais os fabricantes procuram unir a funcionalidade juntamente com a estética e é o que esta acontecendo no mercado de painéis solares.


Veneza, na Itália, é uma das principais cidades do mundo a contar com um bom número de instalação das telhas solares
Segundo as empresas Area Industrie Ceramiche e REM, a inovação pode ser aplicada em qualquer telhado uma vez que a superfície "solar" é adaptável em relação as telhas comuns. 
Em caso de dano, apenas se substitui a telha, uma operação fácil e barata pela própria natureza modular do telhado tradicional. A fiação segue sob o telhado para o conversor. De acordo com o fabricante, uma área de 40 m² gera cerca de 3kw de energia.
Investimento
Um dos benefícios da telha solar é a economia que pode ser gerada na conta de luz, além de se considerar a questão ambiental, pois a energia do sol é renovável, alternativa as fontes provenientes de combustíveis fósseis. O investimento que pode parecer alto no início, é salvo depois de alguns meses.
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Veneza, na Itália, é uma das principais cidades do mundo a contar com um bom número de instalação das telhas solares. Empresas norte-americanas e europeias têm desenvolvido vários modelos nos quais é permitido instalá-las em qualquer telhado.
Como nem tudo são flores, essas telhas ainda são mais caras do que os painéis convencionais (que no Brasil custam a partir de R$ 17 mil) e encontrar instaladores não é tarefa fácil.
Para uma tecnologia desse tipo ganhar corpo no Brasil, seria necessário que o governo diversificasse mais a matriz energética do país, oferecendo mais subsídios para a energia solar, o que atrairia empresas interessadas em produzir inovações semelhantes.




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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Estradas francesas irão captar energia solar

O França planeja pavimentar cerca de 1.000 quilômetros de suas estradas com painéis solares nos próximos cinco anos. A iniciativa irá fornecer energia para o sistema elétrico do país, atendendo de 1 milhão a 5 milhões de pessoas (a população francesa é de 66 milhões). O projeto já foi sancionado pela Agência do Meio Ambiente e Gestão de Energia da França.
 | Colas/Divulgação


Chamados de Wattway, os painéis têm apenas 7 mm de espessura por 15 cm de largura e tem o mesmo coeficiente de atrito do asfalto comum. Eles são feitos com silício policristalino, que podem transformar energia solar em eletricidade e são altamente duráveis, resistindo ao tráfego pesado de carros e caminhões. Também entregam mais aderência aos pneus dos carros, reduzindo assim os riscos de derrapagem e de acidentes.

Os painéis, à prova de chuva, serão instalados sobre o asfalto já existente e podem durar em média 10 anos nas rodovias e alcançar até 20 anos em locais com pouco tráfego, como estacionamentos.
A ideia é resultado de cinco anos de pesquisa entre a empresa francesa de construção de estradas Colas e do Instituto Nacional de Energia Solar francês.

 A agência francesa informa ainda que são necessários apenas quatro metros de painel para suprir todas as necessidades elétricas de uma casa, exceto aquecimento de água e ambiente. Já 1 km de Wattway é capaz de fornecer eletricidade para alimentar a iluminação pública em uma cidade com 5 mil habitantes. Os testes finais começam em abril.
O conceito de estradas solares não é nova. A SolaRoad foi a primeira via no mundo a utilizar a tecnologia. Ela está em operação desde novembro de 2014 na Holanda em uma ciclovia e já está gerando mais potência que a previsão inicial.
As estradas têm sido apontadas como uma excelente maneira de aproveitar a energia solar. “Quando o sol brilha, elas são naturalmente expostas aos seus raios”, disse Jean-Lic Gautier, técnico da Colas.
Veja como o sistema vai funcionar:


Brasil faz placa solar mais eficiente a custos menores

Editora Globo

Pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul desenvolveram placas de captação de energia solar mais eficientes que a média mundial, a custos menores, mas ainda não conseguiram ganhar escala no mercado brasileiro. “Usamos a mesma matéria-prima do exterior com uma receita brasileira de forma mais econômica”, diz Adriano Moehlecke um dos responsáveis pela pesquisa. Moehlecke afirma que foram feitas estimativas mostrando redução de gastos na fabricação em comparação com os padrões internacionais, mas que ainda não pode divulgar esses números. Sobre a eficiência, a célula nacional converte 15,4% da energia solar em elétrica. Pode parecer pouco, mas a média mundial é de 14%. As melhores placas solares comercializadas do mundo convertem cerca de 16%.
Atualmente, a tentativa de produzir de forma viável as placas fotovoltaicas é feita em uma mini fábrica dentro da PUC. A ideia dos pesquisadores, que trabalham há 10 anos no projeto, é desenvolver um meio de gerar este tipo de energia e comercializá-lo no país, com materiais encontrados no mercado nacional.

O setor tem acumulado crescimento. “A industria de módulos fotovoltaicos cresce a uma média de 80 % ao ano no mundo”, diz Moehlecke . Foram produzidos 7.900 megawatts entre 2007 e 2008. A energia gerada é equivalente a metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu. “A cada dois anos, saem das fábricas, uma Itaipu solar, mas o Brasil está fora de tudo isso, as aplicações são muito tímidas ainda, a maioria em sistemas isolados da rede elétrica”, diz.

Moehlecke estuda a produção de energia solar desde 1997 em parceria com a pesquisadora Izete Zanesco. O trabalho foi iniciado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ganhou notoriedade em 2002 quando os pesquisadores venceram o Prêmio Jovem Cientista

Eles já receberam cerca de R$ 6 milhões em investimento do Governo Federal, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Petrobrás, Eletrosul e Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE). Isso tudo, no entanto, ainda é insuficiente para que essas placas sejam produzidas em grande escala. Foram entregues 200 unidades aos patrocinadores do projeto, Petrobrás, Eletrosul e outras empresas. Os módulos serão instalados e testados em março.

Por que não temos 
São diversas as razões que podem explicar a falta de incentivo a esse tipo de energia no Brasil. Um deles é o preço, a energia ainda é mais cara que as demais. “Mas este valor está caindo ano a ano”. Cálculos da Universidade Federal de Santa Catarina revelam que em 2013 o quilowatt-hora produzido pela rede elétrica convencional brasileira e aquele produzido pelas redes solares terão o mesmo valor na região Nordeste.

Outra razão para o aparente desinteresse em investir em fontes de energias limpas é “a muleta das hidrelétricas: ter uma energia limpa hoje, dificulta o desenvolvimento de novas energias mais limpas. Mas temos que pensar no futuro sem carvão ou nuclear, não vamos conseguir aproveitar os rios eternamente”. A falta de mercado imediato também faz com que investidores não queiram apostar nesta tecnologia: “O governo diz que não haverá incentivo à produção enquanto não houver mercado. A empresas não se interessam em produzir porque não há incentivo do governo, é um ciclo”, diz Moehlecke. 
Fonte:Revista  Galileu

Notícias - Bahia terá a maior usina solar da América Latina

A Enerray, empresa controlada pela Seci Energia do Grupo Industrial Maccaferri, através da Enerray Usinas Fotovoltaicas, foi a escolhida pela empresa italiana Enel Green Power para a construção da maior usina solar da América Latina, na cidade de Tabocas do Brejo Velho, a 800 quilômetros de Salvador.
Bahia terá a maior usina solar da América Latina.

Segundo a Enerray, o projeto foi batizado de Ituverava e teve as obras iniciadas em dezembro de 2015 no Estado da Bahia, com previsão de ser finalizando em meados de 2017. Segundo a Enerray, esta será a maior usina de energia solar fotovoltaica construída pela Enel Green Power. O projeto ajudará a suprir a demanda constante de energia elétrica no país, que de acordo com estimativas, vai aumentar a uma taxa média de 4% ao ano até 2020.

“Acreditamos que o Brasil, país em que o nosso grupo tem atividades industriais há mais de 50 anos, representa uma grande oportunidade por ser um mercado com perspectivas de crescimento muito significativas a médio e longo prazo. A Enerray está se expandindo e se fortalecendo no país como referência no setor das energias renováveis. Iniciar nossos negócios com a construção da maior usina fotovoltaica no país é uma conquista que nos enche de orgulho e demonstra a importância que o Brasil terá para nós”- disse Michael Scandellari CEO  da Enerray.

O empreendimento, quando terminado, terá capacidade de 254 MW, com uma produção anual de energia de 500 GWh, passando a ser a maior usina solar fotovoltaica da América Latina, ultrapassando a Usina Solar de El Romero, no Chile, que também será entregue em 2017 com 247MW.

O projeto Ituverava, além do fornecimento de energia, também ajudará no desenvolvimento da região. Tabocas do Brejo Velho é um município pequeno, com menos de 15 mil habitantes, segundo o IBGE, e registra intenso fluxo migratório, principalmente para São Paulo.

Em 2014, a Enerray fundou a Enerray do Brasil, localizada na cidade de Jundiaí, a 50 Km de São Paulo.

Fonte: Enerray.it